Na terça-feira, 30 de maio, o Grupo de Pesquisa em Práticas Trabalhistas dos cursos de Administração e Ciências Contábeis discutiu a proposta de Reforma Trabalhista que está em votação no Senado Federal.
A discussão foi baseada no texto da reforma e em reportagens publicadas pelos principais canais de comunicação nacionais e internacionais, sendo coordenadas pelos professores Adriane Dal Bosco e Odir Luiz Fank. Para fomentar a discussão, foi convidado o professor Francisco Dion Cleberson Alexandre, com vasta experiência na área trabalhista, principalmente nos processos trabalhistas e estudioso das reformas trabalhistas.
O professor Francisco discutiu os principais pontos que foram apresentados no projeto da reforma, apontando os impactos que os mesmos vão causar nas vidas dos trabalhadores brasileiros. Ressalta ainda que poucos têm se envolvido diretamente com o tema da reforma trabalhista, que tramita no Senado Federal após já ter sido aprovada na Câmara dos Deputados. Porém, todos os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras serão diretamente afetados. Falo de se trabalhar até 12 horas em um dia sem receber o adicional de horas extras; de redução de salário, inclusive no salário futuro da aposentadoria; refiro o fim da gratuidade ao trabalhador para acessar a Justiça do Trabalho; me refiro ao Juiz que não mais poderá aplicar a lei em benefício dos trabalhadores e trabalhadoras. Enfim, o projeto transforma profundamente o regramento das relações de trabalho no Brasil, sem sequer se ouvir os principais interessados: a classe trabalhadora. A iniciativa do grupo de estudos multidisciplinar da FAI de pontuar o tema é louvável e deveria ser seguida por outras instituições, como escolas, associações de bairros, sindicatos, igrejas, ou seja, lugares ocupados por aqueles que são objetos desta lei que retira garantias históricas da classe operária.
Conforme o professor Odir, discutir as reformas trabalhistas é algo pertinente, pois alguns pontos são bastante polêmicos e que causarão impactos nos trabalhadores brasileiros.
A professora Adriane destaca que muitos jovens ainda não se atentaram as mudanças trabalhistas e os reflexos diretos nas suas rotinas laborativas bem como a interferência destes nos processos de gestão dos recursos humanos nas organizações, o que nos motiva a estender a discussão da temática e o conhecimento de especialistas a comunidade acadêmica.