O objetivo da atividade foi levar os acadêmicos para a realidade externa, interagir com os espaços e com pessoas, para perceber que existe uma história em tudo. Além disso, perceber que existem muito mais histórias acontecendo o tempo todo no universo de uma história cronológica, do que se tem capacidade de registrar. De acordo com o professor Vianei Hammerschmitt, a atividade visa trazer a perspectiva subjetiva da história que é subjugada pela história oficial, bem como, sensibilizar os acadêmicos a ler o mundo e o universo da sala de aula sem perder de vista a dimensão subjetiva e os diferentes pontos de vista que compõe a realidade. Além de resgatar algumas dimensões da história de Itapiranga. Os acadêmicos foram motivados a entrevistar pessoas e registrar momentos que os entrevistados deixariam para posterioridade por representarem momentos importantes em sua vida. As experiências foram socializadas em sala de aula.
Daniela Mirian Borba destaca que a experiência foi boa na medida em que oportunizou reflexões sobre a importância que os fatos têm na vida, inclusive a história que a pessoa relatou tem muito a ver e tem semelhança com a sua história, com o momento da vida que está vivendo agora. \"Penso que existem momentos da vida em que a gente se desespera e fica para baixo, então a entrevistada me oportunizou pensar sobre como ela passou pelas dificuldades e procurou superar e como superou. Eu ainda estou com dificuldades de aceitar isso. A experiência me oportunizou olhar a situação com outros olhos. Deveríamos fazer mais esse tipo de atividade para perceber melhor o mundo. O relato da entrevistada me sensibilizou e me vez acreditar na jornada e não desistir\".
Camila Tainá Elsenbach ressalta que através da entrevista realizada com voluntários, teve o relato de duas mulheres, uma de 18 e outra de 22 anos. \"A primeira mulher relatou-me que lembra muito das brincadeiras da infância, que brincava com suas irmãs e primas de boneca, esconde-esconde, pega-pega e de casinha. Me encantei com a fala e senti saudade das brincadeiras, que da mesma forma fizeram parte da minha infância, sendo que hoje não fazem mais parte de infância alguma, pois o mundo possui brincadeiras virtuais mais atraentes. A segunda entrevistada foi surpreendente, ao relatar-me que com 14 anos perdeu o pai, e a partir disto, teve inspiração para realizar-se profissionalmente. É surpreendente como a frustração cria a inspiração para a realização profissional, lição que transforma a maneira de viver e ver a vida\".