Loading...

NOTÍCIAS

06 Abr 2016

Pesquisa do curso de Agronomia da FAI avalia genótipos de aveia para a produção de forragem

Cada vez mais a cultura da aveia branca (Avena sativa) e a aveia preta (Avena strigosa) vêm ganhando destaque tanto tecnicamente como economicamente como forrageira no período inverno/primavera, na alimentação de ruminantes, especialmente na região Sul do Brasil. Isso se deve em função da cultura possuir boa adaptação, elevado potencial produtivo e qualidade da forragem.

O pastejo é a forma mais econômica de utilização da forragem, quando bem manejada apresenta ótima qualidade, com teores altos de proteína bruta, baixos teores de fibra e consequentemente alta digestibilidade da matéria seca. Devido a sua importância e ao aumento da utilização, existe um intenso trabalho no melhoramento genético buscando sempre desenvolver cultivares com alto rendimento agronômico, tolerância a pragas e doenças, e resistências a intempéries climáticas. Porém, o efeito do ambiente muitas vezes impede que a seleção com base nos fenótipos da planta constitua-se em um genótipo desejado.

Com o objetivo de avaliar diferentes genótipos de aveia forrageira a fim de recomendar genótipos mais adaptados a região extremo Oeste de Santa Catarina, o curso de Agronomia da FAI desenvolveu dois experimentos na propriedade de Rogério Klein, em Linha Baú e na propriedade de Marcos Zambiazi, em Belmonte/SC, ambos acadêmicos da agronomia. Os experimentos foram desenvolvidos pelos professores Me. Neuri Feldmann e Fabiana Mühl, juntamente com acadêmicos do Grupo de Pesquisa em Fitotecnia da FAI.

Os experimentos foram conduzidos em condições de campo, onde foram testados 10 genótipos de aveia. As variáveis avaliadas foram o hábito de crescimento, a produção de biomassa seca por corte e total e o número total de cortes, através do corte manual de duas amostras aleatórias por parcela, com área útil de 0,25 m² cada. A avaliação de hábito de crescimento foi realizada entre 20 e 30 DAE (dias após a emergência).O primeiro corte foi realizado quando as plantas atingiram 20 a 25 cm de estatura, deixando um resíduo de 6 a 8 cm. Os demais cortes foram realizados quando as plantas atingiram 30 a 35 cm de estatura, com resíduo de 7 a 10 cm. O último corte foi realizado quando até 50 % das plantas estavam no estádio de emborrachamento (pré-florescimento).

Foram realizados quatro cortes na maioria dos tratamentos. No município de Belmonte destacou-se com maior produção de biomassa o genótipo de Aveia comum 01 com produção de 3.426,65 kg ha-1, não diferindo da Aveia comum 02, IPR Suprema, UPFA 21 Moreninha e IAPAR 61 (Ibiporã). No município de Itapiranga destacou-se com maior produção de biomassa o genótipo de Aveia comum 02, com produção de 5.217,40 kg ha-1, não diferindo da Aveia comum 01 e IPR Suprema. Neste trabalho foram testados dois genótipos de aveia cultivados na região, sem conhecimento de origem, que popularmente são chamadas de “Aveia Crioula”, e que neste trabalho recebera o nome de Aveia Comum 01 e 02.

Os resultados destas pesquisas serão publicados pelos acadêmicos de Agronomia da FAI na XXXVI Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia em 06 a 08 de abril de 2016, em Pelotas/RS.

Agronomia


  • Compartilhar:
Loading...
Atendimento via WhatsappAtendimento Atendimento via TelegramAtendimento