Loading...

NOTÍCIAS

05 Set 2014

Estudante de Medicina Veterinária da FAI conta sua experiência de participar do programa Ciência sem Fronteiras

A acadêmica do curso de Medicina Veterinária, Genuina Dalberto, participou do programa do Governo Federal Ciência sem Fronteiras e retornando ao Brasil conta, em forma de entrevista, um pouco da sua experiência vivida numa Universidade dos Estados Unidos, onde ficou por quase um ano.

Quem é Genuina Dalberto?

Uma mulher em constante evolução espiritual, pessoal, e profissional, que acredita nos seus sonhos e enfrenta os medos e as adversidades na busca pela realização dos mesmos. Sou gaúcha de Palmeira das Missões, 28 anos, filha dos comerciantes Renato Dalberto e Noely de Lourdes Seibel da S. Dalberto. Cantora nativista, Técnica em agropecuária, Formada em inglês pela Escola de Idiomas Fisk e professora particular do idioma, Bacharel em administração pela UPF e cursando 6º semestre de Medicina Veterinária na FAI Faculdades. Atualmente integrante do grupo de estudos da Universidade Federal de Pelotas ZOOPREC-Zootecnia de Precisão, do grupo de estudos da FAI Faculdades GEEP Leite – Reprodução.

Porque você resolveu participar do programa Ciência Sem Fronteira?

Por ser este um programa que além de possibilitar ao estudante brasileiro estudar em uma universidade estrangeira, tudo isso sem custo nenhum para o aluno desde o embarque até o desembarque. O sonho de ir para os USA nasceu na minha última estada nos USA ao perceber que apenas a vivência dentro de uma instituição me daria o aprendizado mais profundo do idioma, do sistema educacional americano e acesso ao mesmo conhecimento deles.

Quanto tempo você ficou fora do Brasil?

Onze meses pelo programa CsF (agosto de 2013 à julho de 2014), entretanto no período de 2007 à 2009 residi também nos USA por 18 meses realizando estágio agropecuário em fazendas nos estados de Wisconsin e Minnesota.

Como foi esta experiência no exterior?

Como esta foi a minha segunda experiência nos USA a convivência e adptação a cultura foi mais rápida, pois já tinha uma ideia do que me esperava. Mesmo assim, a experiência foi maravilhosa tanto pessoal quanto profissional. O desafio de estudar disciplinas curriculares em outro idioma sem dúvida me amadureceu como acadêmica, e me fez desenvolver meu próprio modo de ver as situações em um sistema de ensino, e meu próprio jeito de estudar.

Como é a Universidade que você estudou?

A Alcorn State University (ASU) é uma universidade membro da HBCU-Comunidade de Universidades Historicamente Negras, portanto a maioria dos estudantes são afrodescententes, com uma cultura diferente, em muitos aspesctos, do que se espera dos Estados Unidos de um modo geral. Localizada na cidade de Lorman, no estado do Mississippi (sul do país) o campus oferecia centro médico, minimercado, lancherias, centro policial, banco, posto de gasolina, etc. O campus é como uma minicidade já que a cidade mais próxima fica a quase 20 minutos. Na ASU eu tive a oportunidade de participar de alguns grupos de estudos nas mais diversas áreas, tais como Animal Science Club, Bible Study, e Diversity Champions.

Os estrangeiros são bem acolhidos?

De modo geral sim, assim como o povo brasileiro também nos USA encontramos pessoas mais amigáveis, outras neutras e ainda as nada receptivas. Mas eu fui muito bem acolhida desde o princípio e fiz muitos amigos.

Onde você morou? Casa de família, república, casa alugada?

Residi por nove meses em um dormitório no campus da universidade, em um quarto privado mas dividindo com outra americana uma cozinha e banheiro. Nos ultimos dois meses residi com minha supervisora de estágio em uma casa próxima ao campus na pequena cidade de Port Gibson, MS.

Como é a convivência entre estrangeiros e os nativos?

Interessante, diversificada e baseada e novos aprendizados a todo o momento, pois em uma universidade não temos contato apenas com americanos, mas também com nativos de outros país. Fiz amigos da China, Rússia, Jamaica, Índia, Canada, Libéria, Nicaragua, África, dentre outros. Com a convivência percebi que ainda existe uma visão muito distorcida sobre o Brasil lá fora. Muitos pensam que somos um país onde a maioria da população é indígena e vive em florestas, ou ainda que o único esporte do país é o futebol. Mas por outro lado, no período de estágio em contato com outros profissionais recebi apenas elogios por sermos um país já considerado avançado em pesquisas e o maior nome quando o assunto é técnologia de transferência de embrião.

Como é voltar ao Brasil depois de ficar um tempo fora?

Para mim não foi fácil retornar, pois quando finalmente você se adpata a cultura e a língua já está na hora de voltar e uma readaptação ao Brasil se faz necessária. Esse é o tipo de sentimento que só quem vive tal experiência será capaz de compreender verdadeiramente. Apesar da saudade que naturalmente se sente de amigos e familia, também deixam-se muitos amigos para traz e isso confunde os sentimentos no retorno.

Depois de concluir sua graduação, tens interesse em morar no exterior?

A princípio não, mas o futuro a Deus pertence e qualquer oportunidade seria apreciada e criteriosamente availada.

Você indicaria o programa para os colegas da graduação, mesmo de outros cursos?

Sem dúvida eu indico o programa para estudantes de graduação de qualquer curso, pois este proporciona uma experiência de vida forçando o estudante a se conhecer melhor e desenvolver outras habilidades bem como senso crítico em várias áreas do conhecimento já que este tipo de intercâmbio coloca o estudante como embaixador de seu país e responsável por bem representá-lo dentro da instituição.

Medicina Veterinária;
Ciência sem Fronteiras


  • Compartilhar:
Loading...
Atendimento via WhatsappAtendimento Atendimento via TelegramAtendimento