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O nitrogênio (N) é o nutriente absorvido em maior quantidade pela cultura do milho, entretanto, o seu manejo incorreto é o que mais interfere na produtividade e mais onera no custo de produção da cultura. O manejo da adubação nitrogenada deve suprir a demanda da planta nos períodos críticos e minimizar o impacto no ambiente pela redução de perdas. Porém, a dinâmica do N no sistema solo-planta é influenciada principalmente pelo sistema de cultivo, tipo de fertilizante, formas de manejo e condições edafoclimáticas.

A época de aplicação do fertilizante nitrogenado tem influência no aproveitamento do N. No entanto, devido suas transformações no solo, o N é um nutriente muito dinâmico, o que tem gerado controvérsias e discussões com relação à sua época de aplicação no milho, notadamente no sistema plantio direto.

Em virtude da grande importância do manejo do nitrogênio na cultura do milho, o Grupo de Estudo e Pesquisa em Fitotecnia do curso de Agronomia da FAI Faculdades finalizou experimentos conduzidos na área experimental da Instituição e na propriedade do Sr. Abrelino Brugnerotto, localizada no município de Iporã do Oeste. Nestes experimentos foram avaliadas aplicações de duas fontes de nitrogênio (ureia simples e ureia com inibidor de urease) e aplicações em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura de forma parcelada (V2 (50%) + V4 (50%); V2 (30%) + V4 (70%); V4 (50%) + V8 (50%) na dose de 200 kg/hectare, além de um tratamento testemunha com ausência de nitrogênio. Os tratamentos visam identificar possíveis diferenças de produtividade em função do estádio fenológico de aplicação, da proporção da adubação em cada estádio e da eficiência agronômica do fertilizante nitrogenado utilizado.

Os resultados dos experimentos mostraram não haver diferença significativa entre os tratamentos que apresentavam a aplicação de nitrogênio, independente da fonte utilizada e do estádio de aplicação. Em ambos os ensaios a aplicação de 200 kg de N/ha (444 kg de fertilizante comercial) apresentou aumento significativos de rendimento em relação a testemunha, sendo estes aumentos na ordem de 4240 kg/ha para Itapiranga e 2742 kg/ha em Iporã do Oeste.

De acordo com o professor responsável pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Fitotecnia Neuri Antonio Feldmann, estes resultados podem auxiliar na decisão de manejo do fertilizante na cultura do milho para produtores da região. Para tanto, estes trabalhos serão repetidos na safra 2015/2016, a fim de confirmar os resultados encontrados neste ano, já que as condições edafoclimáticas podem interferir na dinâmica do nitrogênio. Feldmann ainda destaca a importância de trabalhos acadêmicos de pesquisa que contribuem para melhorar e ampliar as informações técnicas relativas ao manejo da cultura do milho que ocupa lugar de destaque em nossa região, tanto na produção de grãos, quanto de silagem.

O coordenador do curso de Agronomia, professor Anderson Rhoden, comenta que este é somente mais um dos diversos trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos do curso de Agronomia da FAI. Rhoden destaca a importância dos acadêmicos em se envolverem com atividades desta natureza durante o curso, o que gera conhecimento científico, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento da agricultura, em especial, a praticada em nossa região.