Parte da programação da Jornada Politécnica 2018 - Evoluímos em rede de forma colaborativa, os cursos de Engenharia Química, Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica promoveram uma palestra sobre resíduos sólidos nesta segunda-feira (20).
Em dose dupla, o bate-papo contou com a presença da bióloga Marina Petzen, membro do Fórum de Resíduos Sólidos de Chapecó, e o presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Solidários de Chapecó (ARSOL), Vanderlei Gnoato. Os dois esclareceram aos estudantes os tipos de resíduos e como se dá o processo de reciclagem no município.
Segundo Marina, Chapecó está em uma posição favorável em comparação com outras cidades de Santa Catarina, embora ainda precisa aprimorar certos procedimentos. Uma das fragilidades apontadas pela bióloga acontece em um dos primeiros estágios dos resíduos: a separação dos tipos de lixo. “Ainda existe um comodismo por parte da população e isso precisa mudar, o comportamento precisa mudar”, salienta.
Dados levantados pela ARSOL indicam que cerca de 40% dos materiais que chegam à Associação são rejeitos, ou seja, que não podem ser reciclados. E isso muitas vezes está associado à maneira incorreta de separar os resíduos, que acabam por se misturar com os materiais reciclados, contaminando-os. “Assim como o comportamento da população precisa mudar, nossas condições de trabalho necessitam de melhorias, seja a estrutura, como o cumprimentos das leis municipal, estadual e nacional”, alerta o Vanderlei.
Marina completa dizendo que a iniciativas como a promovida pelos cursos aproximam os acadêmicos da realidade vivida cotidianamente. Além disso, para ela, esses momentos contribuem reconhecer prestação do serviço ambiental realizado pelos catadores de materiais recicláveis, que são reconhecidos formalmente por essa função.