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06 Out 2023

Curso de Nutrição da UCEFF realiza aula prática em aldeia

A atividade foi realizada para os alunos do primeiro ano da Escola Indígena de Ensino Fundamental Fen'nó, na terra indígena Toldo Chimbangue li 

 

Auxiliar os povos originários a se reconectarem com as raízes de uma alimentação saudável. Esse foi o intuito da aula prática realizada na última quarta-feira (4), pelo curso de Nutrição da UCEFF aos estudantes do primeiro ano da Escola Indígena de Ensino Fundamental Fen'nó, localizada na terra indígena Toldo Chimbangue li, em Chapecó.

 

Na oportunidade, as estagiárias do curso de Nutrição, que foram acompanhadas pelas nutricionistas Maíra Caliari e Elisa de Andrade, ensinaram as crianças sobre a importância de ter uma alimentação saudável, além de demonstrarem na prática duas receitas saudáveis.

 

A professora Maíra conta que foi uma tarde incrível de muitas trocas e aprendizado. “As acadêmicas produziram um brigadeiro saudável utilizado banana, cacau, nozes e coco e um suco natural de amoras colhidas pelas crianças e familiares na própria comunidade”, detalha.

 

De volta às raízes

 

Segundo Maíra, embora ainda existam comunidades indígenas que mantêm um modo tradicional de viver com uma alimentação que provém da caça e da agricultura, a maioria sofre um processo de aculturação oriundo do contato com a civilização urbana.

 

“Está cada vez mais frequente entre a população indígena o consumo de alimentos industrializados como açúcar, refrigerantes, biscoitos e outros tipos de produtos com alto teor de gorduras e sódio. Diante disso, a introdução da educação alimentar e nutricional dentro das escolas indígenas é um meio de reforçar a importância de manter uma alimentação saudável e equilibrada”, aponta. 

 

Por uma vida mais saudável

 

De acordo com a estagiária e acadêmica do 6º período de Nutrição da UCEFF, Isadora Gallon Basso, a urbanização afastou as pessoas da origem e da produção dos alimentos, o que prejudica a qualidade nutricional das refeições ingeridas pelas famílias. 

 

“Sabendo que os hábitos e comportamentos alimentares das crianças ainda seguem em formação, surge a necessidade de realizar ações que visam resgatar, valorizar e incentivar a cultura alimentar e a essência da alimentação saudável por meio do incentivo ao consumo dos alimentos in natura”, declara. 

 

Isadora frisa que trabalhar a alimentação com as crianças por meio do preparo de receitas de forma divertida e descontraída, é uma maneira muito eficaz de despertar o interesse pelos alimentos e tradições alimentares. 

 

“Por meio de atividades práticas como a realizada, se fortalece a conexão dos pais com os filhos e a escola. Como exemplo, cito o preparo do suco de amora, feito a partir das frutas que as próprias crianças trouxeram de casa, pois os pais cultivam amoreiras”, pontua. 

 

Momento inesquecível

 

Para Isadora, a experiência se mostrou muito valiosa ao agregar conhecimentos tanto no cenário atual de comportamentos e hábitos alimentares das comunidades, quanto do cenário socioeconômico e cultural em que estão inseridas. 

 

“Atividades como essa nos permitem aprimorar a maneira pela qual podemos abordar a temática da alimentação saudável e promover a saúde de maneira mais efetiva à sociedade”, finaliza.

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