Valorizar a memória, a história e os costumes das etnias indígenas do Oeste. Foi com estes ideais que o Núcleo para a Educação das Relações Afro-Brasileira e Indígena (Nerabi) criou o Projeto Tramas. E como uma das primeiras ações, em outubro foi lançado o edital para criação do projeto arquitetônico da sede do Projeto. Nessa quarta-feira (28), as propostas foram avaliadas por um júri especial que selecionou as duas melhores ideias.
Promovido pelo Nerabi, o concurso contou com a parceria do Laboratório Experimental de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo (LEAU) e do curso de Arquitetura e Urbanismo da UCEFF Chapecó. E de acordo com o coordenador do LEAU, professor César Pagano Galli, a intenção foi selecionar o melhor e mais adequado projeto, levando em conta a possível construção do local.
Conforme esclarece a coordenadora do Núcleo, Magdalena Lajus Travi, o objetivo é que o espaço propicie um ambiente de trabalho temporário e de aprendizado, de comércio de produtos artesanais, de convívio e pouso dos indígenas. A coordenadora do curso, professora Adriana Diniz Baldissera, avalia de maneira favorável o concurso. Por ser voltada aos egressos da UCEFF, a atividade contribui com a valorização dos profissionais locais, justamente por conhecerem a realidade local.
Para o gerente de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Chapecó, Julio Cesar Inacio, a proposta da sede não somente atende uma demanda, como contribui para “trazer uma espécie de extensão da aldeia para o centro da cidade” e, assim, evitar a marginalização de grupos indígenas.
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Uma outra ideia é utilizar o ambiente para promover ações culturais e realizar a confecção e comercialização do artesanato de forma adequada, assim como propiciar o convívio das famílias e diferentes grupos étnicos. Os dois projetos selecionados passaram por um júri criado especificamente para o Concurso. Eles levam em conta vários critérios, como a funcionalidade e atendimento ao programa de necessidades, aspectos plásticos, éticos e estéticos do projeto e mobilidade, acessibilidade e inclusão social.
Compuseram o júri os professores de Arquitetura Fabiano Estanislau Czarnobay e Thiago Bruno Scussiato Merlo, a arquiteta convidada Laura Bragagnolo, o gerente de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Chapecó, Julio Cesar Inacio, e a analista de Projetos de Acessibilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Chapecó (Sedur), Eliane Guerra Fabris.
Arquitetos: Alencar Henrique Sordi e Emmanuelle Grossi Sembler
Arquitetos: Denize Dal Forno e Ketherine Cabreira Lima