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20 Nov 2017

Violência contra a mulher: Chapecó entre as cidades mais perigosas do estado

Um panorama atual sobre a violência doméstica foi debatido no último dia 14 de novembro com os alunos dos cursos de graduação da UCEFF Centro Politécnico. Convidada pelo Núcleo de Direitos Humanos da UCEFF, a advogada especialista em direito da mulher, Sandra Fagundes, apresentou números assustadores em relação ao caso.  

77 casos de estupro em 2015, 10 mulheres assassinadas e mais de 2 mil registros de violência apenas da Delegacia da Mulher. Os números alarmantes não são de uma grande capital, são aqui mesmo de Chapecó. O município é o 5º no ranking de cidades mais violentas contra a mulher em Santa Catarina.

O motivo? A cultura patriarcal herdada há gerações em que era dado ao homem o direito sobre o corpo da mulher. “Apesar das mudanças nas leis, como a Maria da Penha que criminaliza a violência contra a mulher, o pensamento da sociedade ainda não evoluiu ao mesmo passo”, comenta Sandra.

Ela é representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Conselho Municipal do Direito da Mulher. “Faltam políticas públicas, mas também precisamos avançar muito ainda em empoderamento da mulher”, explica. Isso porque, segundo ela, estatisticamente a mulher não denuncia a violência doméstica no primeiro caso. “Vivemos um histórico de dependência socioeconômica, além da violência psicológica em que o homem ameaça os filhos, a filha e a vida dela”, argumenta.

Obras em exposição

A palestra foi promovida em virtude do Dia Internacional de Luta pelo fim da Violência contra a Mulher, celebrado no dia 25 de novembro. Além disso, também estão em exposição na Biblioteca da UCEFF Centro Politécnico, de 21 a 28 de novembro, as obras da mostra "Violência Contra a Mulher - Um Olhar Anterior". São 11 telas que foram selecionadas em concurso fotográfico pelas curadoras Angélica Lüersen e Rachel Kleinubing. O projeto propõe a provocação a um olhar novo, para o momento anterior, o gesto anterior, a atitude anterior. Para enxergar o que está por trás, aquilo que vem antes e o que pode evitar qualquer situação que leve à violência contra a mulher.

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Núcleo de Direitos Humanos


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