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29 Mai 2018

Um trabalhador morre a cada quatro horas e meia, diz MPT

Dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, atualizados no primeiro trimestre de 2018, apontam um cenário preocupante no que se refere à segurança dos ambientes de trabalho no Brasil. Desde o começo de 2017, um trabalhador morreu a cada quatro horas e meia, vítima de algum acidente. Em Chapecó, a média é 2,8 acidentes por dia entre 2012 e 2017, totalizando 7.155 casos.

 

O engenheiro mecânico Marcelo Dantas Acosta, professor da pós-graduação em  Engenharia de Segurança do Trabalho da UCEFF Chapecó, relaciona dois cenários ao índice. Segundo ele, o aumento no volume de registros de acidentes, identificando os casos, e a ausência de ações de segurança nas empresas podem ser decisivos. “Muitos acidentes ocorriam, mas sequer eram caracterizados como tal. Com o registro desses casos, acabou-se informando mais e, assim, passamos a ter maior conhecimento. Além disso, pode existir uma certa ‘negligência’ ou ‘descaso’ vinculado aos fatores, especialmente pela falta de profissionais especializados nas empresas”, argumenta.

 

Aspectos como conhecimento de políticas públicas, legislações, programas de fiscalização associados às iniciativas internas das indústrias podem ser saídas eficazes na diminuição dos casos de acidentes envolvendo trabalhadores. Em Chapecó, o número de afastamentos por acidentes diminuiu 43,8% de 2012 até o ano passado, conforme indica o Observatório — desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A queda no gráfico parece ser otimista, mas nunca é demais reforçar a precaução.

 

“O conhecimento técnico de profissionais da Segurança do Trabalho, aliado à conscientização e participação dos funcionários, permite que as empresas tenham excelentes resultados, reduzindo consideravelmente a exposição a riscos de acidentes”, garante Marcelo.

 

  • Mais conhecimento, menos desatenção

Em determinados ramos do mercado, a presença de um engenheiro é imprescindível, urgente, conforme avalia o professor. Isso porque, além de fazer e gerir as devidas adequações na empresa, ele assegura questões ligadas à saúde e bem-estar dos colaboradores, monitoram os dados e priorizam a prevenção.

 

O engenheiro ainda ressalta os benefícios resultantes de práticas de comunicação entre setores e funcionários. De acordo com ele, o conceito de fiscalização interna refere-se à conscientização. E neste sentido, quando as políticas de segurança do trabalho de uma empresa são bem-sucedidas, socializadas de maneira eficiente, essa “supervisão” ocorre entre os próprios colaboradores. Ou seja, os procedimentos passam a ser realizados de forma naturalizada, o que, claro, não descarta a necessidade de profissionalização, somente demonstra o êxito dos procedimentos voltados à segurança dos trabalhadores.

 

 

  • Impactos positivos

Segundo o professor da pós-graduação, que está com inscrições abertas na UCEFF Chapecó, a incorporação de setores de Segurança do Trabalho e especialistas na área não se restringe à função de um “aplicador de normas e legislações”. Mais que isso, o funcionário é responsável pela gestão e promoção de ações de impacto nos processos produtivos. Ou seja, realiza mudanças efetivas no comportamento e rotina de trabalho, com vista a minimizar e até mesmo impedir fatalidades.

acidente de trabalho


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