A coordenadora do curso de Engenharia Química, Cristiane Marangoni, participou recentemente do Congresso Mundial de Química IUPAC e da Reunião anual da Sociedade Brasileira de Química, em São Paulo (SP). O evento aconteceu entre os dias 7 e 14 de julho de 2017. Os eventos anteriores ocorreram em 2013 Istambul na Turquia e 2015 em Busan na Coreia do Sul.
A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) é a autoridade mundial em nomenclatura química, terminologia (incluindo a nomeação de novos elementos na tabela periódica), métodos padronizados para medição, pesos atômicos e muitos outros dados criticamente avaliados. Desenvolve e mantém recomendações que criam uma linguagem comum para a comunidade química global. O trabalho científico da IUPAC é conduzido em grande parte por meio de um sistema de projeto formal em que as propostas de químicos do mundo todo são revisadas por pares e, se meritórias, são aprovadas e apoiadas. Além disso, a IUPAC tem muitas outras atividades abrangentes que, em última instância, afetam tanto a profissão química como a comunidade mundial como um todo. Estes incluem a publicação de relatórios técnicos, revistas, livros, bases de dados e outros recursos de informação que facilitam a realização de pesquisas científicas, conferências e a concessão de prêmios para o reconhecimento da excelência científica.
O evento contou com palestrantes renomados ganhadores de prêmio Nobel: Ada Yonath, cientista israelense, recebeu o prêmio Nobel de Química em 2009 juntamente com os cientistas Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz pelo mapeamento da estrutura do ribossomo. Hoje atua na Weizmann Institute of Science; James Fraser Stoddart, químico naturalizado americano, recebeu o Nobel de Química de 2016, juntamente com Jean-Pierre Sauvage e Bernard Feringa, por seu trabalho com máquinas moleculares. Os cientistas desenvolveram moléculas com movimentos controlados que podem realizar tarefas com a adição de energia, uma grande evolução no campo da nanotecnologia. Hoje atua no Department of Chemistry - Northwestern University; Robert Huber, químico alemão recebeu o Nobel de Química de 1988 por ter revelado com grande detalhe os aspectos estruturais de uma proteína essencial para a fotossíntese em bactérias púrpuras. Hoje atua na Max Planck Institute of Biochemistry.
“As sessões científicas inspiraram uma profunda reflexão sobre o passado e os futuros desafios da nossa sociedade. Temas como nanotecnologia, água energia e meio ambiente, química analítica e de alimentos, química medicinal e química biológica, química verde e biotecnologia, química inorgânica e estrutural, materiais e macromoléculas, produtos naturais e biodiversidade foram contemplados durante o evento”, comenta a coordenadora.
Simultâneo às sessões, ocorreu feira de equipamentos para estruturação de laboratórios e de linhas de pesquisa e uma feira de livros nacionais e internacionais relacionados a área de química. Pesquisadores do mundo todo puderam expor suas pesquisas nas Áreas de Ciências Exatas e da Terra, Química e Engenharias em banners durante os 7 dias de evento.
“Eventos como este proporcionam grande aprendizado e troca de experiências. É um momento único para apreciar junto dos colegas de área, buscando atualização e acompanhamento das tendências de pesquisas internacionais”, argumenta Cristiane.