Vem cá, você sabe quando a luz elétrica faz falta em sua vida? Se a resposta foi “quando ela acaba”, está correto. Em um mundo onde somos dependentes da energia elétrica, direta ou indiretamente, falar e pensar a respeito dela também é fundamental. Na última terça-feira (07), acadêmicos do curso de Engenharia Elétrica participaram de uma palestra sobre eletricidade industrial, automação e Indústria 4.0.
Especialista em Automação Industrial e Gestão Empresarial, o engenheiro elétrico Rafael Nunes é representante comercial do Grupo WEG, há 20 anos. A multinacional brasileira, referência na produção de equipamentos e tecnologia em eletricidade industrial, foi fundada em Jaraguá do Sul, em 1961, e está presente em 12 países. A conversa com o profissional trouxe esclarecimentos aos acadêmicos, abordando temas como energia hidráulica, inovações no mercado, energia fotovoltaica e o contexto da eletricidade nas indústrias.
Como explica Rafael, estamos passando hoje pela “Quarta Revolução Industrial”. Isso porque, na terceira revolução experienciamos a automação dos processos. Acontece que agora, o passo dado foi a tomada de decisão. Ou seja, através de estatísticas, utilizando redes neurais ou inteligências artificiais, as máquinas passaram a solucionar de forma autônoma e mais eficiente os processos dentro das empresas - fenômeno conhecido por Indústria 4.0.
“No Brasil, isso ainda é recente, ao contrário do que acontece nos outros países. O aspecto da tomada de decisão surgiu no contexto da Internet das Coisas, onde as indústrias se apropriaram de tecnologias, como a troca de informações entre as máquinas, modificando radicalmente os processos e resultados”, comenta o representante da WEG.
Na palestra, Rafael também lembra da “instantaneidade” com que migramos de uma tecnologia para outra. O que costumava levar 10 anos para amadurecer, em termos de inovação, agora leva 10 meses ou até menos. A exemplo dos softwares, que permanecem se atualizando a todo momento, enquanto os hardwares levam um tempo maior para serem substituídos. E, segundo ele, é praticamente isso que tem acontecido dentro das indústrias.
Para o coordenador do curso, professor Fabiano Faller, acompanhar as tendências do que tem sido desenvolvido em termos de energias é fundamental tanto para o currículo acadêmico quanto para o profissional. “Talvez esses termos ou modelos de trabalho ainda sejam novidade ou não foram incorporados integralmente nas indústrias. Mas, cedo ou tarde, isso será comum. E quando este momento chegar, precisaremos de know-how suficiente para operar tais tecnologias”, completa o professor.