Mais do que bons produtos ou serviços, geralmente, o que nos faz voltar ao estabelecimento também é o atendimento. Mas ainda tem as promoções e as novidades. Ou o lugar é aconchegante, o ambiente alegre… São muitas as variáveis que nos levam a consumir determinado produto e foi justamente para avaliar tais aspectos que os cursos de Administração e Ciências Contábeis Premium realizaram a Feira de Produtos no Poli.
Ao todo, 22 grupos foram desafiados a criar um produto, testá-lo e comercializá-lo, a fim de validar a ideia para as Atividades Corporativas, resultado prático dos cursos citados. Desde o início do ano, as equipes tiveram que pensar em um item de uso pessoal, alimento e bebida ou objeto, e não foram poucas as ideias. Teve pão de queijo, caldo de cana, alfajor no palito, espetinho de churrasco, brigadeiro personalizado, itens de confecção, facas, aromatizante de espaços e outros tantos empreendimentos, tudo para atrair o público.
Nesta etapa, eles tiveram que comercializar o produto. Ou melhor, conquistar os clientes, uma vez que atendimento e qualidade serão pontuados nos projetos. “Agora, os grupos vão apurar os resultados para verificar os lucros e custos com o negócio, além de avaliar as estratégias de comunicação utilizadas durante o período de comercialização”, comenta a coordenadora dos cursos de Administração e Ciências Contábeis Premium, professora Leossania Manfroi.
Nada convencional, um dos grupos decidiu vender um produto bem diferente: facas. Sim, pode parecer estranho, mas eles garantem que existe mercado e demanda. “Los Guapos”, projeto especializado em cutelaria (arte de fabricar facas) foi sutil na comunicação, mas causou curiosidade. “A ideia surgiu pelo gosto que tínhamos por cutelaria. Quando começamos a confeccionar, tivemos algumas dificuldades quanto às ferramentas adequadas, o conhecimento técnico e até a matéria-prima”, admite Maurício Bordin, acadêmico do 5º período de Administração, um dos integrantes.
Mas os obstáculos ficaram para trás. Depois de entender os processos e contar com a ajuda de amigos que praticam cutelaria como hobby, tudo ficou mais simples. Segundo o estudante, a criação deu tão certo que a “empresa” pode ser promissora. “Nós acreditamos que se Los Guapos migrasse para o mercado formal, profissional, certamente daria certo. Isso porque existe uma procura significativa e o valor de comercialização é relativamente satisfatório”, comenta o jovem, sem ser pretensioso.
Outra ideia pouco comum também parece ter dado certo. Os aromatizantes de carro do “Aromacar” foram pensado pela viabilidade de produção. A proposta era outra antes, mas por notar a quantidade de iniciativas voltadas para o mercado de alimentos, o grupo de Gabriele Mendes partiu para algo inédito entre os demais. “A intenção mesmo foi por uma questão de estratégia. Levamos em consideração o perfil do público, uma pesquisa de valores que as pessoas estavam dispostas a pagar e os aromas mais utilizados e assim criamos os nossos produtos”, esclarece a estudante do 1º período de Ciências Contábeis.
E a estratégia, nesses casos, foi elemento essencial, como explica o professor Anderson Leite, que ministra a disciplina de Comunicação Integrada de Marketing, no curso de Administração. “A intenção era se aproximar ao máximo da realidade do mercado. Para tanto, focamos nos detalhes que envolvem a comunicação da empresa, pensando em conceito de marca, atendimento e relacionamento, atributos e benefícios do produto, comércio, ponto de venda… Bom, e o resultado dos aulões é este que vimos aqui, muita criatividade!”, avalia com empolgação o professor.
Os “aulões” citados, como o próprio nome já diz, foram encontros coletivos, onde os participantes aprofundaram três temáticas específicas, antes de realizar as vendas: Marketing e Organograma Funcional, Custos, Produção e Logística e Planejamento Tributário e Orçamento — todos disponíveis na internet. As Atividades Corporativas encerram com a Mostra Científica, programada entre os dias 19 e 21 de junho, quando haverá Pitching de Negócios a premiação dos melhores projetos.