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23 Abr 2018

Muito mais que um “jardim florido”

Projeto de Teto Verde, criado por Zens, em Dusseldorf na Alemanha (Incriatório/Reprodução Facebook)

“Sustentabilidade” é um dos grandes assuntos desta década. Não por acaso, tornou-se uma responsabilidade global, em razão, sobretudo, das alterações climáticas resultantes das ações humanas. Dessas preocupações, surgem ideias inovadoras, que procuram reverter ou minimizar os agravantes causados no meio ambiente.

Criado pelo arquiteto alemão Ulrich Zens, com 35 anos de experiência na área, o conceito “paisagismo multifuncional” tem se popularizado nos últimos anos em países de todo o mundo, como Arábia Saudita, Alemanha e Colômbia. A diferença das técnicas tradicionais para a “multifuncional” está na abordagem adotada: reconhecer necessidades e potenciais que o terreno oferece para criar projetos eficientes, econômicos e sustentáveis. Ou seja, a ideia é ressignificar a concepção de espaços somente harmoniosos ou complementares à arquitetura.

“O paisagismo multifuncional não é uma disciplina, embora possa ser uma. Hoje, trata-se de uma uma atitude”, argumenta Zens, que ministrou uma palestra aos acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo da UCEFF Chapecó. Segundo o arquiteto, que também participou do II Seminário Internacional em Energias Renováveis, em Chapecó, uma das características de seu método é a multidisciplinaridade. Isto é, o paisagista passa a atuar de forma macro, interagindo com os demais profissionais envolvidos no projeto. “Temos um papel fundamental atualmente, que se projeta além da decoração ou estética. Discutimos sobre captação da água da chuva, sombras, espaços de socialização, preparação do solo e aspectos que vão ao encontro das emergências relacionadas à sustentabilidade”, explica.

 

Da sala para o mercado

Apesar de ainda ser um tema novo no campo do Paisagismo, a proposta chama atenção. Débora Rodrigues, acadêmica do 7º período de Arquitetura e Urbanismo, lembra das atividades em sala que discutem tanto a importância de planejar o paisagismo de um projeto quanto os resultados que pode causar. “Seja em ambientes públicos ou privados, nós temos repensado sobre a função do espaço em si, tipos de jardins, vegetações, terrenos e como isso pode impactar na vida das pessoas”.

Para Ulrich, é preciso repensar mesmo. Como ele enfatiza, o Paisagismo Clássico possui cerca de 150 anos e as emergentes demandas da contemporaneidade devem ser incorporadas aos novos empreendimentos. Neste sentido, o que ele apresenta é um paisagismo também preocupado com a estética dos ambientes, mas pautado em três pilares fundamentais: Social, Ambiental e Econômico. “Se um arquiteto ou urbanista olhar através desta abordagem, aproveitando técnicas tradicionais e as combinando com tecnologias da Engenharia Civil e Arquitetura, certamente terá um projeto otimizado. Em resumo, a sinergia entre diferentes áreas alinhada ao meio ambiente, às pessoas e à economia consciente cria um instrumento de soluções eficiente para as necessidades do paisagismo”, afirma Zens.

Paisagismo Multifuncional


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