Doutor Paulo Cesar Bogorni falou sobre o uso de agentes biológicos no combate as pragas agrícolas
“É importante que possamos discutir e aprender sobre inovação e empreendedorismo ainda na graduação em cursos da área de agrárias ou de engenharia”, enalteceu o engenheiro agrônomo, doutor Paulo Cesar Bogorni.
Ele compartilhou, nesta quarta-feira (26), as experiências profissionais da empresa de biotecnologia Bug Agentes Biológicos durante o painel de lançamento da pós-graduação em Engenharia Rural da UCEFF. Participaram do evento alunos de graduação e profissionais agrônomos de Chapecó e região.
A Bug é uma empresa que produz e comercializa agentes de controle biológico. “O manejo de pragas é uma necessidade agrícola antiga e o uso indiscriminado de agrotóxicos fez com que as pragas ficassem resistentes e intoxicassem o consumidor”, pontuou. Segundo dados de 2016, um terço dos alimentos que o brasileiro consome é contaminado.
Por isso, a empresa é reconhecida mundialmente como inovadora. “O controle biológico de pragas é uma das táticas mais importantes na agricultura que visa à sustentabilidade: não causa resistência e até a evita em áreas com aplicações de inseticidas ou com plantas transgênicas; não polui o solo, as águas e o ecossistema de uma forma geral; não causa intoxicação de agricultores, funcionários e consumidores, garantindo produtos de mais qualidade; não tem restrições às barreiras fitossanitárias internacionais”.
Pós em Engenharia Rural
O curso está com vagas abertas. A coordenadora do curso de Agronomia da UCEFF, professora Magdalena Lajus Travi, comentou que um dos focos da pós-graduação é oferecer um conhecimento integrado entre a área agrária e as engenharias mecânica, elétrica, de produção etc.
O debate sobre agentes biológicos no combate as pragas vêm ao encontro dos objetivos da pós-graduação, que é qualificar os engenheiros para atuar com sistemas produtivos rurais que visem a melhoria da qualidade do ambiente acompanhando a expansão das exportações e do mercado do agronegócio. Também capacita para a economia no agronegócio, física e fertilidade dos solos, ecofisiologia de plantas, tecnologia de colheita e processamento de produtos agrícolas, climatologia, agricultura de precisão, estatística, automação para sistemas agrícolas e legislação.