A atividade teve como tema “Neuropsicologia dos aspectos emocionais em idosos”
Aproximar a instituição da comunidade chapecoense e oportunizar momentos de aprendizado prático aos acadêmicos. Esse foi o objetivo da parceria entre o curso de Psicologia da UCEFF e a Associação Municipal de Alzheimer e Demências (AMAD) de Chapecó, em ação realizada no último sábado (6).
Na oportunidade, foi realizada uma palestra com o tema “Neuropsicologia dos aspectos emocionais em idosos” aos membros da associação. Segundo o professor do curso de Psicologia da UCEFF, Dirceu Minella, que também coordenou a atividade, os transtornos do humor também são prevalentes entre a população idosa e podem incluir depressão e ansiedade, por exemplo.
“Esses transtornos tendem a persistir ao longo do tempo nesta faixa etária, muitas vezes não sendo diagnosticados nem tratados adequadamente. Isso pode resultar em considerável sofrimento psicológico, maior dependência funcional, isolamento social, aumento do risco de suicídio e piora da qualidade de vida. Portanto, é crucial estar ciente e mensurar estes aspectos emocionais nos idosos, com ou sem declínio cognitivo patológico”, explica.
Dirceu aponta que muitas vezes os sintomas depressivos ou ansiosos podem ser confundidos ou atribuídos ao envelhecimento ou a um quadro demencial, o que pode acarretar ao subdiagnóstico e levar ao subtratamento desses transtornos.
“Uma pergunta de um dos instrumentos de avaliação de depressão em idosos considera se ‘Interrompeu muitas de suas atividades?’. Se sim, pode ser considerado um sintoma de depressão, mas muitas vezes os familiares e o próprio idoso podem considerar isso apenas como normal do envelhecimento”, pontua.
Fazendo a diferença
De acordo com a acadêmica do quinto período do curso de Psicologia da UCEFF, Martha Giovana de Moraes, ter contato com a AMAD é se banhar em um mar de conhecimento, pois ocorre a exposição a inúmeras realidades, vidas cheias de histórias e muita luta.
“É de grande importância ter essa troca, na qual os idosos trazem as demandas enquanto pessoas com quadros demenciais e dos cuidadores, já os acadêmicos do curso de psicologia levam o conhecimento teórico e a busca por compreensão sobre a maneira com que os participantes da AMAD levam a vida. Dessa forma, buscamos influenciar positivamente um envelhecimento saudável e constante, os expondo a testes os quais eles prontamente respondem, conversando sobre as experiências e os desafios diários”, relata.
Martha frisa a alegria em participar de momentos como esse. “Estar presente nas atividades com a AMAD me faz olhar com carinho e cuidado para essa etapa do ciclo vital e como a busca por um envelhecimento saudável começa muito antes do que imaginamos. A Psicologia deve estar presente e desenvolvendo práticas as quais facilitam a rotina dessas pessoas”, finaliza.