Nesta quinta-feira (28) foi realizada a 1ª Mostra Científica de Engenharia Civil, que reuniu mais de 60 trabalhos científicos em formato de banner. Os estudos resultaram do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos acadêmicos. E segundo o coordenador, professor Ailson Barbisan, o principal objetivo da iniciativa é socializar os novos conhecimentos criados pelos estudantes.
Com a mudança na entrega do TCC (agora em formato de artigo científico), além da objetividade nos estudos, os estudantes terão maior oportunidade de publicar as pesquisas em periódicos e revistas científicas. “Nós observamos muitos estudos com potencial de publicação e temas de interesse público”, argumenta Ailson. “Por isso decidimos criar esse movimento, com o propósito de compartilhar os resultados dentro e fora da academia”.
Para a jovem Danusa Ana Palharini, que cursa o 10º período, o desafio foi duplo: além de buscar pelo assunto do TCC, a formanda teve dificuldade em encontrar metodologias. “O assunto que eu escolhi não tem muitas normas técnicas, e tivemos que utilizar métodos semiempíricos”, explica. O Trabalho de Conclusão de Danusa foi: “Estudo de aderência entre concretos: análise do melhor ângulo e materiais para a resistência de aderência de aderência na junta de concretagem”.
Outra estudante que inovou nas pesquisas foi a jovem Jaqueline Melo Cazarotto. Com o título “Análise de cera de abelha e cera de carnaúba como tentativa de inibir a liberação de gases tóxicos do poliuretano em incêndios”, o estudo teve o objetivo de testar métodos para diminuir a emissão de gases de espuma expansiva em construções.
Depois de muitos testes, amostras e diferentes métodos para avaliar a reação das ceras em situações de incêndio, a estudante do TAL período, constatou dados interessantes. Em termos de isolamento térmico, as ceras mantiveram as mesmas condições do teste que usou somente a espuma. No aspecto acústico, o resultado também foi favorável, os materiais não alteraram. No entanto, a emissão de gases não surtiu o efeito esperado - a diminuição.
Apesar do resultado contrário à hipótese, e por se tratar de uma pesquisa com base no empirismo, Jaqueline permaneceu contente com a proposta do projeto. “Eu penso que como futuros profissionais, também temos que nos preocupar com as questões de segurança e o efeito do nosso trabalho na rotina das pessoas”, destaca a jovem.
Mais que isso, a pesquisa da formanda encoraja outros estudos na área, a fim de encontrar soluções para problemas relacionados aos materiais e equipamentos utilizados nos canteiros de obra. “Se houve interesse de engenheiros químicos, eu acredito que o estudo pode, sim, ter continuidade. Nós precisamos inovar e, sobretudo, reparar o que ainda precisa ser melhorado no mercado de trabalho”, completa Jaqueline, que pretende seguir a área acadêmica e diz já ter pesquisadores interessados no tema do TCC.