Tornar a cidade mais agradável, no qual o bem deve ser coletivo, passa também pela publicidade. Outdoors, fachadas, placas do comércio em diferentes tamanhos, cores e fontes. Tudo isso, de acordo com o jornalista e mestrando em Arquitetura, Marcelo Palinkas, causa poluição visual e compromete o bem-estar coletivo.
Ele esteve na terça-feira (03) na UCEFF e conversou com alunos de Arquitetura e Urbanismo como parte da programação da Jornada Politécnica – Um Novo Mundo Sustentável. Palinkas envolveu-se com a questão de paisagem urbana ainda em 2010, quando presidiu a Comissão Especial de Estudos que realizou inúmeros trabalhos, estudos, debates e audiências públicas, em Ribeirão Preto (SP), que resultaram na “Lei Cidade Limpa”.
O profissional acompanhou todo o processo de mudança da paisagem da cidade, o reaparecimento da arquitetura e dos prédios antigos. “O que leva a poluição é a desinformação. O cliente não vai ser atraído pelo tamanho da fachada e, além disso, elas causam um número significativo de acidentes, invadem o espaço público e fomentam o estresse dos habitantes”, explica.
Palinkas defende ainda o “menos é mais”. Para ele, tornar a publicidade padronizada leva a redução de custos para os empresários e torna a concorrência mais leal entre grandes e pequenos comércios. “Em minhas visitas a Chapecó pude observar vários exemplos de poluição visual e, por isso, trouxe essa discussão para os alunos de Arquitetura e Urbanismo sobre paisagem urbana. Sempre rende bons debates”.