Na semana passada, acadêmicos dos 1º e 7º períodos de Engenharia Civil da UCEFF Chapecó realizaram uma visita técnica nas instalações da Usina Hidrelétrica (UHE) Itaipu Binacional, na divisa entre Brasil e Paraguai. Acompanhados pelo professor Lázaro Dellatorre e pelo coordenador do curso, Ailson Barbisan, os estudantes tiveram a oportunidade de ver de perto as estruturas e funcionamento de uma das maiores hidrelétricas do mundo.
O passeio iniciou pela recepção dos visitantes, onde conheceram internamente diversos setores da UHE, assim como as contrapartidas socioambientais dos programas da Usina. Na sequência, percorreram o mirante central, de onde é possível observar a estrutura geral da barragem de concreto e enrocamento, com visão panorâmica. Na terceira etapa da visita, o grupo foi ao topo da barragem, com uma vista abrangente do reservatório o da sequência do curso do rio Paraná.
Mas não para por aí, dentro do roteiro, os estudantes também observaram em detalhes as estruturas internas de Itaipu, as galerias e equipamentos de monitoramento e manutenção da usina. Um aspecto interessante é o tipo de construção catedral (oca), que resulta em economia de material ao longo da vida útil da construção. Com a orientação dos monitores, os visitantes exploraram o edifício de produção e controle da geração de energia, compreendendo a dinâmica da sala de despacho, a central de comando e suas peculiaridades — em função de a usina ser uma empresa binacional, ou seja, a mesma quantidade de funcionários brasileiros e paraguaios , que se revezam para garantir o funcionamento da Usina como um todo.
Com um volume de 12,7 milhões de m³ de concreto utilizado no empreendimento, que levou sete anos para ser finalizado, tanto Itaipu como a Hidrelétrica das Três Gargantas, na China, são as maiores estruturas do tipo no mundo - em termos de infraestrutura e geração de energia. Dentre as curiosidades, o nome da UHE é de origem Tupi Guarani e significa “pedra que canta” ou “pedra que faz barulho”, atribuído principalmente pelo estrondo que a água fazia nas rochas. Ao fim da viagem, as turmas ainda foram às galerias onde operam 20 unidades geradoras, com quase 1Km de extensão, e percorreram os parques ambientais das Cataratas do Iguaçu e o Parque das Aves, nos quais conheceram a estrutura geral de funcionamento.