Os acadêmicos do 7º semestre de Nutrição foram desafiados pela professora Daiane Preci, na disciplina de Tecnologia de Alimentos e Análise Sensorial, a desenvolverem novos produtos de acordo com às novas tendências e necessidades de consumo. Eles convidaram alunos de diversos cursos para experimentar e avaliar as receitas desenvolvidas, atribuindo notas que irão medir a aceitação dos produtos desenvolvidos.
Segundo a professora, esses resultados auxiliarão os acadêmicos nos ajustes de suas formulações e servirão de base para outras elaborações. Os dados gerados serão compilados, tratados e discutidos no formato de artigos científicos, os quais serão publicados para que possam servir de inspiração para novos trabalhos na área acadêmica e também como sugestões para planos alimentares. As formulações seguiram o conceito de Clean Label ou “rótulo limpo”, ainda pouco conhecido no Brasil, uma tendência no mercado de alimentos dos EUA e Europa. O conceito classifica uma nova categoria de produtos alimentícios que promete oferecer mais saúde, qualidade e respeito ao consumidor. Os novos produtos variaram desde a elaboração e o emprego de farinha de casca de maracujá amarelo (Passiflora Edulis Sims F.) até a utilização de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) como a Ora-pro-nóbis. Mais de 150 pessoas, incluindo professores e acadêmicos dos cursos de Nutrição, Agronomia, Biomedicina, Fisioterapia e Medicina Veterinária, participaram da avaliação dos produtos.
Para a coordenadora do curso, professora Micheli M.Trentin, esse tipo de atividade é muito importante, pois faz com que os acadêmicos aprendam sobre inovações tecnológicas na área de alimentos, e ao mesmo tempo desafia a pensar em desenvolver um novo alimento, ou enriquecer nutricionalmente um alimento já existente. A área da nutrição cresce a cada dia, e ter possibilidades de ter no mercado novos alimentos, que são nutritivos, saborosos, visualmente atrativos, com preço acessível facilita a vida de todos e contribui para a melhoria da qualidade de vida. Por isso, a importância de trazer aos alunos várias atividades e conhecimentos diferentes ao longo do curso de nutrição, para formar profissionais generalistas.
A acadêmica Jamile Ulrich destaca que a atividade proposta caracteriza-se como de grande importância, pois possibilitou a união entre teoria e prática, método muito incentivado pela UCEFF e buscado pelos professores e alunos, fazendo com que todos os acadêmicos se desafiassem a ir além do básico, superando inseguranças e pensando na prática profissional futura, pois é uma experiência que pode ser reproduzida e inserida dentro das áreas da Nutrição. A Análise Sensorial é necessária quando qualquer alteração for pensada na formulação de produtos alimentícios. A atividade permitiu um contato valioso com outras turmas, bem como melhor entendimento do conteúdo e análise de dados reais para discussão nos artigos elaborados pela turma. “Atividades como essa fazem com que os alunos se dediquem para apresentar ao público um trabalho interessante e que possa ser bem visto e comentado pelos corredores”, avalia Jamile.
Já a acadêmica Fernanda Luiza Schoenberger, explica que, nas atividades desenvolvidas, foi possível vivenciar na prática os conteúdos passados em sala de aula, facilitando a compreensão e aprendizado, tornando o conhecimento teórico uma realidade. “É de fundamental importância, pois contribui na formação acadêmica e como futuras nutricionistas, levaremos o aprendizado para a vida profissional. A atividade de análise sensorial, realizada com alunos de diversos cursos da UCEFF, permitiu compreender a aceitabilidade dos produtos desenvolvidos, gerando dados que serão discutidos e apresentados em artigos, para que possam servir de experiência e inspiração. A atividade, permitiu a aproximação e interação com acadêmicos de outras turmas, proporcionando a troca de experiências, vivências e aprendizagens”, comenta Fernanda.