Um novo formato de família. Desde 2013, os dados do IBGE apontam que as casas dos brasileiros possuem mais animais domésticos do que crianças. Essa configuração social influencia a realidade da economia, da saúde pública e do trabalho do médico veterinário.
Para traçar um panorama sobre o tema, o doutor em Psicologia Clínica, Mauro Lantzman conversou com acadêmicos do curso de Medicina Veterinária que participam da 2ª Conferência Internacional em Bem-estar Animal (CIBEA).
> Santa Catarina é referência na discussão sobre bem-estar animal <
O pesquisador conversou com os conferencistas a respeito da inserção do animal de estimação na família contemporânea urbana e também sobre como lidar com a perda do animal de estimação. “Os médicos veterinários são trabalhados para intervir e curar e pouco se trabalha a possibilidade da perda. Pouco se discute sobre quando o prognóstico é ruim ou não há cura para a doença. Isso gera uma pressão enorme sobre o trabalho do médico veterinário”.
Lantzman explica ainda que, para esses casos, atualmente são trabalhadas medidas paliativas que promovem o bem-estar e minimizam o sofrimento do animal que apresenta uma doença crônica ou terminal. Mas ele questiona: “como o tutor enfrenta isso tudo?”.
Conferência internacional
O debate marcou o encerramento do ciclo de palestras promovidas pelo CIBEA. Foram três dias para compartilhar conhecimentos sobre o bem-estar de diferentes espécies de animais. O evento é promovido pelos cursos de Medicina Veterinária da UCEFF Chapecó e UCEFF Itapiranga. Também foi realizada a Mostra Científica, que premiou ao fim do evento os três melhores trabalhados.