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De 14 a 16 de setembro ocorreu em Balneário Camboriú o Encontro Preparatório da Engenharia e Agronomia para o 8º Fórum Mundial das Águas que será realizado em Brasília, de 18 a 23 de março de 2018. O professor do curso de Agronomia, Anderson Rhoden, participou do evento que contou com a participação de autoridades, pesquisadores e profissionais com vistas a discutir sobre as águas no mundo.

O evento foi promovido pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) e pela Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA (MUTUA).

Os temas abordados foram: água, a próxima guerra; as bacias hidrográficas do Sul; panorama de saneamento dos Estados do Sul; potencial energético das bacias do Sul; recursos hídricos e produção sustentável de alimentos; recursos hídricos e financiamento internacional; 8º fórum mundial das águas.

Rhoden destaca que as discussões foram profícuas devido a relevância do tema. Discutir sobre água nunca é demais, pois se trata de um recurso fundamental à vida, ao equilíbrio dos ecossistemas, à produção de alimentos, ao desenvolvimento econômico, social e ambiental, à sustentabilidade de maneira geral, vindo de encontro ao que se discute nos Planos de Recursos Hídricos. Todos os palestrantes foram categóricos em afirmar que se não cuidarmos das águas hoje, certamente teremos sérios problemas no futuro, não somente pela quantidade, mas também pela qualidade.

O Engenheiro Químico Celso Luiz Quaglia Giampá, especialista no tema, destacou que em muitos lugares do mundo já há guerra pela água, que alguns mares estão secando, citando como exemplo o de Aral e o Morto, o que vem promovendo conflitos, sem contar a salinização da água em algumas regiões e a péssima qualidade em outras.

O Engenheiro Agrícola da Embrapa, Lineu Rodrigues, destacou que o Brasil tem sérios conflitos pelo uso da água, salientando que a irrigação expandiu exacerbadamente em diversas regiões, o que elevou o consumo de água. Destacou também que o aumento das áreas irrigadas permitiu maior produtividade e renda aos agricultores.

Os palestrantes afirmaram que é preciso haver um bom Plano de Recursos Hídricos para se conhecer a realidade das águas de uma região e a partir deste documento elencar as prioridades de uso visando evitar os conflitos.

Na oportunidade, Rhoden, como Coordenador do Plano de Recursos Hídricos, reuniu a equipe de hidrologia que está trabalhando no Plano para discutir assuntos relevantes do Diagnóstico e Prognóstico dos Recursos Hídricos, bem como reunião com técnicos da SDS/DRHI para discussão das etapas do Plano e futuras audiências públicas que serão realizadas em outubro.

Rhoden destaca que nas audiências será apresentado a Etapa D do Plano, que trata do Prognóstico dos Recursos Hídricos, além de introduzir a discussão sobre a Etapa E, onde serão propostas ações, metas e projetos para a região. É fundamental a participação das pessoas nas audiências, pois poderão contribuir para a construção das propostas de melhorias dos recursos hídricos da RH 01, finaliza Rhoden.