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Na tarde de sexta-feira, dia 11 de agosto, os colaboradores técnicos administrativos e docentes da Instituição tiveram uma conversa com Ângelo Beck, que possui deficiência visual total e veio da cidade de Formosa – GO, para contar a sua vida e seus novos projetos.

Ângelo nasceu e foi criado em Florianópolis, perto da praia, brincando nas pedras de Itaguaçú. Nasceu com glaucoma congênito e ainda bebê, passou por algumas cirurgias nos olhos. Estudou na Escola Waldorf Anabá desde o jardim até concluir o fundamental. Para não deixar de estudar em uma escola Waldorf, ele foi morar com com a madrinha em São Paulo, onde cursou o décimo ano na Escola Rudolf Steiner. Logo após, voltou à Florianópolis.

Ele queria alguma coisa mais interessante do que estudar mais dois anos para o vestibular, então decidiu fazer o curso técnico de Eletrônica no CEFET-SC, atual IFSC. Contudo, enquanto aguardava a prova para ingressar no curso técnico, um pequenino acidente mudou bastante a sua vida. Enquanto vasculhava algumas ferramentas enferrujadas, uma lasca de ferrugem saltou no meu olho direito. A oftalmologista o removeu com facilidade, mas desde então, a minha visão começou a piorar gradativamente.

Ângelo, contou aos técnicos um pouco das suas experiências e superações de vida, onde queria contrabalançar o trabalho no computador com alguma outra coisa, algum tipo de artesanato, fez muitas experiências, meio frustrantes, cortando compensado com estilete e dando acabamento com a lixa, mas não conseguia os resultados que desejava.

Uma descoberta mudou o rumo do artesanato dele, por causa do Portal que criou, onde foi explorando as linguagens de programação, desde banco de dados até desenho vetorial, o que possibilitou uqe suas artes fossem transferidas do computador para peças físicas cortadas a laser e então, começou a realizar um antigo sonho: de fazer móveis para casinhas de boneca. Assim, o artesanato, o Portal e as atividades da igreja preenchem praticamente todo o tempo de Ângelo que é casado, artista e ainda toca violão e gaita de boca.

Interagindo com os colaboradores, conhecendo a estrutura da FAI, visitando o Núcleo de Assessoria e Acessibilidade para portadores de deficiência, ele usou dos instrumentos e modelos de ensino usado no NAAP para perceber como a Instituição hoje trata das diversas necessidades. Ângelo deixa uma bela mensagem de superação, força de vontade e experiências fascinantes que motivam cada vez mais o trabalho.