NOTÍCIAS

O curso de Ciências Contábeis da UCEFF Itapiranga promoveu na sexta-feira, 24 de maio, uma noite de muita troca de informações com o contador Ariberto Dalchiavon. Ariberto é mestre em Ciências Contábeis e Administração e proprietário de um escritório que presta serviços contábeis com foco em empresas do Terceiro Setor (Associações, federações, sindicatos, ONG’s).

O tema da palestra foi justamente evidenciar o processo contábil das empresas do terceiro setor e elucidar as particularidades dessas organizações. O profissional presta assessoria contábil a mais de 150 organizações, distribuídas principalmente pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em um primeiro momento foi explicado o que vem a ser o Terceiro Setor e quais empresas se enquadram nessa classificação, destacando-se como principal característica as entidades privadas que não possuem fins lucrativos e com a intenção de prestarem serviços para a transformação e desenvolvimento humano.

Ariberto pautou que grande parte das empresas enquadradas no terceiro setor possui vedada a tributação sobre patrimônio e rendas, das quais destaca-se IRPJ, CSSL, COFINS, PIS, ISS, todavia essa isenção ou imunidade não alcança o IR de rendimentos financeiros e ganhos de capital auferidos por essas entidades. Ressalta-se porem que a isenção da obrigação principal não desobrigas as entidades das obrigações acessórias. Dentre as dificuldades apresentadas e destacadas na contabilidade, Ariberto destacou que não se consegue acompanhar as aplicações de recursos a essas entidades oriundas das doações repassadas pelos financiadores, não existir um controle por parte do governo das receitas e despesas (caso das entidades religiosas). Acrescenta ainda dificuldades no âmbito da gestão à essas organizações, uma vez que não existe controle efetivo dos gastos e entradas e dessa forma a impossibilidade de aplicação de métodos de custeios e geração de informações para tomada de decisão.

Para finalizar Ariberto apresentou uma frase de Martin Luther King “A filantropia é muito louvável, mas não deve permitir que o filantropo ignore as injustiças econômicas que fazem com que a filantropia seja necessária”.