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28 Abr 2021

ARTIGO: Os desafios da Educação

 

 

Em 28 de abril do ano 2000, líderes de 164 países reuniram-se no Fórum Mundial de Educação, na cidade de Dakar, no Senegal, e firmaram uma série de compromissos para promover a expansão e a qualidade do ensino. Passados 21 anos, a data que marca o Dia Internacional da Educação incita reflexões sobre alguns desafios que marcam a educação brasileira hoje.

 

O acesso ainda é um deles, em diferentes níveis de ensino. Segundo dados mais recentes do IBGE de 2019, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos acima de 15 anos de idade (6,6%). Considerando a população acima de 25 anos de idade, 46,6% têm no máximo o ensino fundamental; e apenas 27,4% têm o ensino médio completo. Esse índice é de 17,4% no ensino superior completo, mas cai para 8,7% se considerarmos toda a população. E tem ainda a demanda reprimida no ensino infantil, pois dois terços das crianças de 0 a 3 anos de idade estão fora da creche.

 

Para os brasileiros já inseridos no sistema educacional, avançar na qualidade do ensino aliada à inovação é, sem dúvida, uma das principais respostas que o País precisa dar frente às grandes transformações comportamentais, comunicacionais e tecnológicas do nosso tempo. A necessidade de modernização das estruturas tecnológicas e dos processos pedagógicos da escola brasileira, com metodologias ativas, interativas, dinâmicas, flexíveis e acessíveis para todos, ficou ainda mais evidente na pandemia. Problemas de infraestrutura e de conectividade têm impactado o desempenho de estudantes e o trabalho de professores nesse período, escancarando ainda mais a desigualdade na educação.

 

Para que o Brasil avance nessa área, é fundamental priorizar os investimentos, mas com ele uma gestão educacional eficaz. Em que pese no ano de 2020 os investimentos públicos em educação no Brasil lamentavelmente terem sido o menor dos últimos 10 anos, até então o Brasil vinha investindo nesta área cerca de 5,5% do seu PIB – um dos maiores percentuais dentre 46 países pesquisados pela OCDE. No entanto, a qualidade não corresponde ao investimento. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil está na posição 57 entre os 77 países participantes. 

 

Somente uma gestão qualificada e conectada com os novos tempos, será capaz de reverter este quadro preocupante. Uma educação aliada à inovação, que caminhe junto com os avanços da nossa sociedade e torne a escola mais atrativa e inclusiva, sintonizada com as demandas individuais e sociais e a valorização do professor. Sou um entusiasta da educação que transforma indivíduos em cidadãos, que gera oportunidade de crescimento. Participar desse movimento, levando uma educação inovadora e de qualidade para mais pessoas, é o que me motiva todos os dias.

 

Leandro Sorgato

Reitor da Uceff Faculdades

Educação


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