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A instituição fará parte da rede de atendimento do Navit. O ato foi realizado na tarde da última quarta-feira (24)

Oferecer apoio a quem precisa e se aproximar cada vez mais da comunidade. Esse é o objetivo da UCEFF e do Ministério Público de Santa Catarina que, em ato realizado na tarde da última quarta-feira (24), assinaram o acordo de parceria que incluiu a instituição na rede de acolhimento do Núcleo de Atendimento a Vítimas de Crimes (Navit).

O Navit atenderá mais de 60 municípios das regiões Oeste e Meio-Oeste e a UCEFF, por ser uma instituição com atuação regional, foi convidada a compor a rede de atendimento por meio da atuação do Núcleo de Práticas Jurídicas (Nujur) e da Clínica Escola de Psicologia.

Na ocasião estiveram presentes o coordenador regional do Navit e promotor de Justiça, Simão Baran Junior, o reitor da UCEFF, Leandro Sorgatto, os coordenadores do curso de Direito da UCEFF, Eduardo Destri e Robson dos Santos, o coordenador do curso de Psicologia, Domingos Palma, e a responsável técnica da Clínica de Psicologia, Mariana Gabiatti Favero. 

Oferecer o melhor atendimento

De acordo com o promotor Simão, a instalação do Navit em Chapecó demonstra um novo momento no qual o Ministério Público conseguirá oferecer um melhor atendimento e encaminhamento às vítimas de crimes. “Vamos ter uma equipe preparada para prestar esse serviço, além de poder disseminar na comunidade mais informações sobre o funcionamento da Justiça como um todo, quais os direitos da vítima e como ela deve proceder em cada caso” explica.

O promotor destaca a relevância da parceria com as instituições que atuam na rede de acolhimento e orientação das vítimas de crimes. “Alguns encaminhamentos requerem serviços na parte social e de saúde mental. Nesse viés, a parceria com a UCEFF oportuniza um canal para encaminhar essas vítimas, visto o trabalho conjunto dos cursos de Direito e Psicologia na instituição”, afirma.

Já o reitor da UCEFF, Leandro Sorgatto, destaca que Chapecó é o segundo município do estado a receber o Navit e é uma honra para a instituição ser convidada a fazer parte da rede de atendimento. “Vamos trabalhar juntos para minimizar os casos e auxiliar as vítimas de crimes no que for necessário”, pontua. 

Trabalho conjunto

O coordenador do curso de Direito da UCEFF, Eduardo Destri, reitera a importância da atuação conjunta do Nujur e da Clínica de Psicologia da instituição. “Nós temos como diferencial a possibilidade de oferecer um atendimento multidisciplinar no acolhimento dessas vítimas. O Direito atua para afastar a reincidência da violência e a Psicologia entra para mitigar os efeitos desse trauma”, diz.

Para o coordenador do curso de Psicologia da UCEFF, Domingos Palma, os profissionais envolvidos possuem um papel fundamental no processo de recuperação da vítima. “Nosso trabalho é acolher e, ao mesmo tempo, ressignificar o trauma sofrido. Nossa função é amenizar o sofrimento e fazer com que a pessoa possa encontrar possibilidades e saídas do ocorrido traumatizante”, frisa. 

Aprendizado prático

A responsável técnica da Clínica de Psicologia, Mariana Gabiatti Favero, salienta que o atendimento iniciará a partir do recebimento e identificação das vítimas pelo Navit e o posterior encaminhamento à UCEFF. “Nós, tanto no âmbito da Psicologia e/ou  Direito, realizaremos o atendimento necessário a essa pessoa, sendo ela vítima nos mais diversos crimes. Nossos acadêmicos estão preparados para dar esse suporte a comunidade chapecoense e região”, ressalta.

Robson dos Santos, coordenador do curso de Direito da UCEFF, assevera que a parceria estabelece uma oportunidade de estágio aos acadêmicos. “O convênio permitirá que o aluno atue em uma demanda que, de certa forma, já tínhamos, mas agora de uma forma muito mais funcional, com a assistência do próprio Ministério Público em toda assessoria jurídica necessária”, reafirma.

Ele assegura que toda a UCEFF ganha com a parceria. “É possível realizar o atendimento de forma interdisciplinar, com outros cursos dando assistência às vítimas que muitas vezes se encontram desamparadas e precisam de uma reestruturação. Portanto, quando o nosso acadêmico iniciar o estágio ele poderá compreender melhor a dinâmica e a dimensão desse problema social”, finaliza.